Humanização prisional e religião : reflexões a partir do método de gestão carcerária APAC

Neste artigo apresento suscintamente a minha pesquisa de doutorado, que trata sobre o estudo antropológico de um experimento institucional religioso, de cunho católico, no campo da política criminal brasileira: as Associações de Proteção e Assistência aos Condenados – apacs – que se afirmam como uma...

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Main Author: Ordóñez Vargas, Laura
Format: info:eu-repo/semantics/article
Language:spa
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://ridaa.unq.edu.ar/handle/20.500.11807/1555
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Summary:Neste artigo apresento suscintamente a minha pesquisa de doutorado, que trata sobre o estudo antropológico de um experimento institucional religioso, de cunho católico, no campo da política criminal brasileira: as Associações de Proteção e Assistência aos Condenados – apacs – que se afirmam como uma revolução carcerária e como um modelo de prisão humanizada, devido a suas características pouco comuns dentro do cenário brasileiro e, me atrevo a disser, latino-americano. Sinalizo algumas reflexões relativas às potencialidades e limites contidos no funcionamento e aplicação do Método APAC, e inscrevo este exercício de síntese na relação entre humanização e religião intramuros a partir das seguintes perguntas: É possível humanizar a vida atrás das grades? Que humanização ou humanidade este poder religioso institui? Qual é o quantum da diferença entre o poder atuando nas relações interpessoais na trama institucional a céu aberto e este atuando em instituição fechada? De que forma este poder é capaz de humanizar? Do ponto de vista ético-político, a prisão, sob algum modelo de organização, se justifica e pode se tornar aceitável, cumprindo uma missão desejável frente a um futuro mais justo? Dito de outro modo, pode alguma prisão, inclusive a mais obediente da Lei e bem intencionada, realizar justiça?